9 obras para a Copa seguem incompletas e sem previsão de conclusão – veja lista

10 de junho de 2018 - 20:00 | Postado por:

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Projetadas para melhorar a infraestrutura e a mobilidade na Capital mato-grossense, nove obras da Copa do Mundo de 2014 seguem inacabadas. A menos de uma semana do Mundial da Rússia, elas permanecem sem previsão para que sejam totalmente concluídas. O término delas segue incerto em razão de imbróglios judiciais ou por impasses entre o Executivo estadual e as empresas.

Mário Okamura/Rdnews

Obras da Copa

O Governo de Mato Grosso, na gestão de Silval Barbosa (sem partido), anunciou 54 obras para o Mundial. Destas, pouco mais da metade foram concluídas. Para a gestão de Pedro Taques (PSDB), ficaram 21 obras sem conclusão.

A obra da Copa do Mundo que mais chama a atenção é a do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT). Ela custou, até o momento, R$ 1,066 bilhão aos cofres públicos. A estimativa inicial era de que custasse R$ 1,4 bilhão. No entanto, paralisada desde dezembro de 2014, apenas 30% das obras físicas foram feitos até o momento. Uma possível retomada da construção custará ainda mais aos cofres públicos.

O Consórcio VLT, responsável pelas obras do modal, e o Executivo estadual travam uma batalha na Justiça. Enquanto o Estado quer rescindir o contrato, o grupo de empresas pretende continuar com o acordo e afirma que quer concluir a construção do modal.

Em agosto passado, o Consórcio VLT foi alvo da Operação Descarrilho, que apura fraudes na construção do modal. Conforme o ex-governador Silval Barbosa, em depoimento à Polícia Federal, o grupo CR Almeida, que integra o Consórcio VLT, teria pagado propina de R$ 18 milhões ao seu grupo político durante as obras.

As investigações sobre possíveis fraudes no VLT continuam sendo realizadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF). Enquanto segue a incerteza judicial, o modal continua emperrado e sem previsão para que as obras sejam concluídas. O Estado afirmou que irá fazer um novo processo licitatório, porém não informou quando o certame deverá ser lançado.

Atualmente, o Estado paga, mensalmente, R$ 14 milhões relativos ao empréstimo que fez para a construção do modal.

Mário Okamura

Arena Pantanal

A inacabada Arena Pantanal consome, mensalmente, R$ 400 mil, mas é pouco utilizada

Arena Pantanal

Outra construção que enfrenta problemas jurídicos e não tem prazo para ser concluída é a Arena Pantanal. O estádio segue funcionando normalmente, no entanto, faltam 2% do lugar – entre obras e questões técnicas – que precisam ser feitos para que a obra seja finalizada.

A construção da arena foi iniciada em abril de 2010. O valor inicial era de R$ 342 milhões, recursos obtidos por meio de empréstimo feito pelo Estado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em razão dos aditivos, a obra custou, até o momento, R$ 596 milhões aos cofres públicos. A expectativa é de que o total da Arena, que ocupa uma área média de 300 mil m², seja correspondente a R$ 616 milhões.

Promessas de um estádio revolucionário em plena Capital mato-grossense hoje dão lugar a um “elefante branco”. A Arena consome, mensalmente, R$ 400 mil, sendo R$ 220 mil apenas em energia elétrica. Sua finalidade multiuso é pouco explorada, pois são raros os eventos de grande porte em Cuiabá. Os jogos estaduais que são sediados no local têm pouco público, cerca de 400 pagantes. Diante das dificuldades, os cofres públicos estaduais se tornaram os responsáveis por bancar uma obra que hoje traz prejuízo a Mato Grosso.

Aeroporto

As obras dos setores A e B do Aeroporto Marechal Rondon estão finalizadas. Elas são correspondentes às áreas de embarque e desembarque doméstico e embarque internacional. Conforme a Secid, resta a execução da reforma do setor C do local, que está com 85 % das obras concluídas.

A obra teve início em dezembro de 2012. Quem tocou os trabalhos foi o Consórcio Marechal Rondon – Engeglobal, Multimetal e Farol Empreendimentos –, que precisou refazer alguns serviços, após apontamentos da Secid. A obra completa do aeroporto está orçada em R$ 85,1 milhões.

Trincheira e Avenida

Entre as obras de infraestrutura que seguem incompletas está a Trincheira Engenheiro José Luiz Borges Garcia, a Jurumirim, que teve 97,84% de obra executada. Orçada em R$ 50,5 milhões, atualmente os trabalhos encontram-se paralisados. A Secretaria de Estado de Cidades (Secid) informou que tem feito um levantamento técnico sobre a qualidade do local.

Conforme a pasta, o processo de renegociação para a conclusão das obras da trincheira, que possui 960 metros quadrados de comprimento, está em andamento com o Consórcio Sobeltar, responsável pela construção. Ainda não há prazo para a finalização das obras nem para a entrega total da estrutura.

Outra construção inacabada é a Avenida Parque do Barbado, que teve, até o momento, cerca de 76,2% das obras executadas. A obra está orçada em R$ 29,5 milhões e está sob responsabilidade da empresa Guaxe-Ecomind. A dimensão da via é de 1,6 quilômetros. Segundo a Secid, o trecho que liga a avenida Fernando Corrêa à avenida Brasília, “está praticamente finalizada, restando apenas a pavimentação da rotatória”.

A Secid havia informado que os serviços na avenida seriam retomados em maio, em razão do fim do período chuvoso. No entanto, os serviços não tiveram continuidade no mês passado. Segundo a pasta, logo que a construção voltar a ser retomada, será concluída a rotatória e a segunda etapa, que liga a avenida Brasília à Archimedes Pereira Lima (Estrada do Moinho). A pasta afirmou que a via deve ser entregue em outubro.

Estrada do Moinho

A obra de restauração e duplicação da Estrada do Moinho contempla 4,42 quilômetros e prevê ainda os alargamentos das pontes sobre o Córrego do Moinho e Coxipó. A previsão é de que ela custará R$ 23,3 milhões aos cofres públicos. A construção está parada desde o fim de 2014, quando 90% dela haviam sido executados. Ela foi executada pelo Consórcio Trimec-Hytec. Diversas irregularidades foram encontradas na obra, principalmente no pavimento.

Conforme a Secid, após as irregularidades serem constatadas, diversos testes de qualidade foram feitos na via, com o apoio da secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra). Os resultados da análise foram entregues ao consórcio, para retomar as obras. Não há previsão para que a via seja concluída.

Fonte:RDnews.com.br 

http://www.rdnews.com.br/cidades/9-obras-para-a-copa-seguem-incompletas-e-sem-previsao-de-conclusao-veja-lista/100562

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