Entidade que reúne empresários de MT faz apelo a caminhoneiros

29 de maio de 2018 - 17:06 | Postado por:

Profissionais estão paralisados desde o dia 21; escassez afeta o dia a dia do mato-grossense

A Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso (Facmat) fez nesta terça-feira (29) um apleo para que os caminhoneiros que ainda estão paralisados nos acostamentos das rodovias de Mato Grosso voltem ao trabalho.

A paralisação dos caminhoneiros ocorre desde o dia 21 de maio. Eles exigem do Governo Federal a redução do preço do diesel e mais uma série de reivindicações.

Com a paralisação, o desabastecimento nas gôndolas do mercado e postos de gasolina foi sentido pela população. Milhares de animais, como aves e porcos, já estão em estado de inanição e morreram.

“A Facmat faz um apelo: que os caminhoneiros voltem ao trabalho para que se possa restabelecer a normalidade do abastecimento e a economia de mercado consiga funcionar”, diz trecho de nota, emitida na manhã desta terça-feira (29).

Alair Ribeiro/MidiaNews

Greve Caminhoneiros 24-05-2018

Mesmo com acordo, caminhoneiros continuam parados em rodovias pelo 9º dia

O presidente ainda fala que entende a demanda exigida pelos caminhoneiros, no entanto há uma situação caótica provocada pela paralisação.

“Todos nós entendemos as necessidades de mudança no País, mas a sociedade não pode mais suportar o caos estabelecido[…] Precisamos continuar com a nossa atividade empresarial para agora suprir as perdas causadas pela greve dos caminhoneiros”.

Na nota, a entidade ainda pede para que as 54 associações comerciais e empresariais de Mato Grosso se mobilizarem para contribuir com a volta da normalidade das operações empresariais afetadas pela greve.

A entidade não revela o prejuízo causado pela greve até o momento. Mas o Governo do Estado informou, nesta segunda-feira (28), que o Estado perdeu de R$ 7 milhões a R$ 8 milhões ao dia em impostos, desde o início da greve.

Paralisação

A paralisação, que começou na segunda-feira (21), já dura nove dias e os efeitos começaram a ser sentidos após o 4º dia, nos postos de combustível e mercados do Estado. Na semana passada, em ao menos um dia não houve combustível em nenhum posto da cidade.

Os combustíveis começaram a chegar a Cuiabá ou a diversas cidades do interior de Mato Grosso na tarde de segunda-feira (28). Entretanto, ainda são constatadas filas de motoristas que precisam abastecer.

No setor alimentício, o consumidor já começou a sentir a escassez e a alta nos produtos, especialmente os pericíveis.

Os estoques estão acabando e os preços dos que ainda restam saltaram pelo menos três vezes.

Outro reflexo do movimento dos caminhoneiros é a possível paralisação de 100% da frota do transporte coletivo. As empresas, inclusive, reduziram pela metade a circulação dos veículos.

De acordo com a prefeitura da Capital, o combustível que foi usado para abastecer o transporte coletivo deve durar até esta terça-feira (29).

Confira nota da íntegra

Nota da Facmat às entidades filiadas

A Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso (Facmat) se pronunciou no início da greve dos caminhoneiros apoiando o movimento. Agora, diante do acordo firmado com o Governo Federal, e levando-se em conta o desabastecimento que tem tomado proporções insustentáveis, como a falta de ração para as granjas de suínos e aves, causando a inanição e morte de milhares de animais, e da falta alimentos e combustíveis, dificultando cada vez mais para hospitais, escolas, indústrias e sociedade em geral, a Facmat faz um apelo: 

– Que os caminhoneiros voltem ao trabalho para que se possa restabelecer a normalidade do abastecimento e a economia de mercado consiga funcionar;

– Todos nós entendemos as necessidades de mudança no País, mas a sociedade não pode mais suportar o caos estabelecido;

– Sendo assim, convocamos as 54 Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso a se mobilizarem para contribuir com a volta da normalidade das operações empresariais afetadas pela greve;

– Precisamos continuar com a nossa atividade empresarial para agora suprir as perdas causadas pela greve dos caminhoneiros;

– A nossa pauta de discussão é bem mais ampla e precisamos da UNIÃO de todos para podermos tocar adiante no momento apropriado.

Jonas Alves – Presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso (Facmat) e da Associação Comercial e Empresarial de Cuiabá (ACC)

http://www.midianews.com.br/cotidiano/entidade-que-reune-empresarios-de-mt-faz-apelo-a-caminhoneiros/325732

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