Silval usou propina para pagar R$ 5 milhões de dívida de Bezerra

28 de agosto de 2017 - 19:26 | Postado por:

A delação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) apontou que o cacique do PMDB, o deputado federal Carlos Bezerra, obteve empréstimo de campanha no valor de R$ 4 milhões, ilegalmente, durante as eleições de 2010.

Bezerra teria convencido Silval a quitar a dívida, através de recursos provenientes de propina, no valor de R$ 5 milhões, devido aos juros. O montante foi pago entre os anos de 2011 a 2014, em cinco parcelas.

O colaborador se recorda que havia combinado com Carlos Bezerra que ele iria quitar esse empréstimo através de retornos em algumas obras realizadas no Estado de Mato Grosso que o colaborador passou para Carlos Bezerra receber de propina, sendo as seguintes obras: 1-construção da Estrada de Nobres ao Distrito de Bom Jardim efetuado pela Construtora Tripoli, pertencente ao deputado estadual Nininho; 2 – Ampliação do Aeroporto de Rondonopolis, efetuado pela empresa ENSERCON ENGENHARIA LTDA; 3 – Recapeamento da MT 060, que liga Poconé a Cuiabá, efetuado pela empresa EBC – Empresa Brasileira de Construções Ltda”.

De acordo com Silval, o próprio Bezerra teria procurado as empresas para receber a propina, o que foi confirmado pelo deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD), dono da Construtora Trípoli, que fez a pavimentação da estrada que liga os municípios de Nobres a Bom Jardim. Nininho contou que Bezerra recebeu pagamentos de sua empresa.

Tendo o colaborador ficado chateado com Carlos Bezerra, pois ele recebeu as propinas e não quitou a dívida, que foi paga pelo colaborador“.

O ex-chefe de gabinete de Silval, Silvio Corrêa, contou em sua delação que os pagamentos da dívida de Bezerra foram feitos em cheques e dinheiro vivo.

Quando o pagamento era feito por meio de cheques, geralmente Silval mesmo o entregava ao colaborador, porém, quando era em dinheiro, Valdisio (Sinfra) e Maurício (Secopa) eram os responsáveis pelos repasses para que o colaborador entregasse. Os valores pegos com Valdísio e Maurício eram entregues nas respectivas secretarias ou no gabinete do colaborador”.

 

Fonte: Reporter MT

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