O governador Pedro Taques descartou qualquer tipo de excesso por parte da Polícia Militar (PM) no episódio ocorrido na manhã da última terça-feira (30), durante manifestação de servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Na ocasião, os servidores bloqueavam uma das vias do Centro Político Administrativo (CPA) e foram reprimidos com gás lacrimogêneo e spray de pimenta. Três deles acabaram detidos.
“Se houve excesso a Corregedoria da Polícia Militar que vai ver, eu entendo que não houve”, disse Taques, nesta quarta-feira (1º), durante vistoria a obra da Trincheira no entroncamento das MTs-010 e 251 (estrada que dá acesso a Chapada dos Guimarães).
Taques criticou o fato de os manifestantes terem impedido o tráfego de veículos nas proximidades do Palácio Paiaguás, sede do Governo.
“A greve é um direito fundamental do cidadão, manifestação é um direito constitucional, desde que dentro da legalidade”, disse.
“Não há na Constituição o direito de manifestar e proibir a livre circulação das pessoas. O cidadão tem o direito de ir e vir e ficar, não há greve trancando rua”, completou Taques.
Apesar das declarações do governador, o secretário de Estado de Segurança Pública, Gustavo Garcia já afirmou que um procedimento administrativo será instaurado para apurar a conduta dos militares envolvidos no episódio.
Na última terça, o chefe da Casa Civil, Max Russi já alegou, inclusive, que o Poder Executivo não irá tolerar manifestações tais como a que ocorreu na tarde de ontem.
“Não podemos e não vamos aceitar que as ruas do Palácio ou dos arredores sejam trancadas. Houve esse incidente, não era o desejo do nosso Governo. Mas a PM agiu de forma correta. A polícia esteve presente naquilo que é dever da polícia: manter a ordem pública, manter a rua aberta”, disse Russi.
Fonte: Midia News