Ussiel abandona PSDB depois de 15 anos de filiação e argumenta falta de renovação

8 de novembro de 2018 - 08:43 | Postado por: Julio

inevitável onda de desfiliação do PSDB em Mato Grosso teve início com a saída de um dos principais nomes do partido, o advogado Ussiel Tavares. Ex-presidente da OAB-MT (entre 1998 e 2003), o advogado explica que sua saída foi motivada pela necessidade de renovação do partido.

A saída de Ussiel ocorre depois de acachapante derrota do governador Pedro Taques (PSDB), que tentou reeleição, e da votação pífia recebida pelo partido no Estado em relação ao candidato a presidência, Geraldo Alckmin, com apenas 67,4 mil votos (4,13%). O deputado federal Nilson leitão também foi derrotado na briga ao Senado.

“Temos de mudar as práticas, aprender a fazer campanha sem gastar milhões, contando apenas com o engajamento dos segmentos do partido e o espírito voluntário que reinou na campanha do atual presidente eleito”, disse em nota.

Ussiel foi presidente municipal do partido por duas vezes e secretário-geral por três oportunidades. A oficialização da desfiliação foi realizada nesta terça (6), quando o diretório municipal recebeu o ofício protocolado no diretório estadual, em 30 de outubro. “Tive a honra de ser convidado pessoalmente pelo maior líder político deste Estado, Dante Martins de Oliveira e o então senador Antero Paes de Barros”.

O ex-tucano explica que deixa o partido com a sensação do dever cumprido. A opção em interromper a trajetória política, segundo ele, está ligada à intenção de se dedicar inteiramente ao escritório de advocacia, que cresceu nos últimos meses, e à pratica da advocacia ‘pro bono’, que é a de advogar em um trabalho voluntário, por meio do instituto Mario Cardi, que atende gratuitamente pessoas portadoras de câncer em palestras, conscientização e propositura de ações visando assegurar seus direitos.

Apesar de ser reconhecido como uma liderança política, Ussiel considera-se um idealista. Ao deixar a política partidária, o ex-presidente da OAB admite que está longe de se esquivar de sua função social. “Apesar de ser combativo na política, milito em diversas áreas do Direito há mais de 40 anos, essa é minha essência. Tenho o privilégio de trabalhar para clientes importantes. Vou inserir nesse grupo pessoas que não tem condições de pagar o ônibus para vir até meu escritório. Sair da política é uma forma de provar que o instituto não vai ter vínculo eleitoral”. (Com Assessoria)

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