Viagem de Pedro Taques à China custou pelo menos R$ 226 mil

13 de novembro de 2017 - 09:25 | Postado por:

Os dez dias de viagem do governador Pedro Taques (PSDB) e sua comitiva de 11 assessores custaram no mínimo R$ 226 mil aos cofres púbicos. Nem o anúncio de escalonamento de salários dos servidores públicos, nem a dívida de R$ 100 milhões de repasses aos municípios para o custeio do atendimento básico de saúde foram suficientes para o governo evitar maiores gastos e optar por uma viagem mais curta, ou com um número menor de assessores.

Não é a primeira vez que Taques é criticado por sair do país acompanhado por uma grade comitiva. Em 2015, quando participou da Conferência Mundial do Clima, Cop-21 de Paris, na França, o governador mato-grossense estava entre os chefes do executivo brasileiro que viajou com o maior número de acompanhantes oficiais, foram 12, contra quatro pessoas que integravam a comitiva do então governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão.

Circuito Mato Grosso levantou essa semana uma estimativa de quanto pode ter custado à expedição China de Taques.  Segundo o Gabinete de Comunicação do Governo (Gcom), 11 pessoas, dentre o governador, secretário, assessores, seguranças e técnicos, embarcaram para China com as contas pagas pelo Estado por um período de dez dias. Metade dos R$ 226 mil corresponderia ao pagamento de passagens áreas de Cuiabá a Pequim, a capital chinesa. Desconsiderando o fato de parte da comitiva também ir para Bonn, na Alemanha, participar da Conferência do Clima, a COP-23.

Em checagem em sites de compras de passagens aéras foram averiguados preços variantes de R$ 4.897 a R$ 24.874, isso para compras planejadas com três meses de antecedência da data da viagem e em assentos de classe econômica. A média ficaria em R$ 10 mil, para ida e volta e a soma do preço dos bilhetes algo como R$ 110 mil.

As diárias

O governo também cobre as despesas de hospedagem e refeições dos 11 integrantes da comitiva oficial. Os valores estão distribuídos em diária por categorias, seguindo o cargo no staff.

No primeiro escalão, entram o governador Pedro Taques e o secretário de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Carlos Avalone. O valor atual para as despesas básicas é de US$ 485 para cada, aproximadamente R$ 1.580 na cotação de R$ 3,26 do dólar de sexta-feira (10).

Para os outros nove integrantes da comitiva, que inclui o secretário adjunto de Indústria e Comércio, Lucas Barros; o presidente da Metamat (Companhia Mato-grossense de Mineração), Roberto Vargas; 1 assessora de imprensa; 2 assessoras internacionais; 1 fotógrafo; 1 diretor financeiro; 1 diretor financeiro; 1 diretor de projetos; e 1 ajudante de ordem da Polícia Militar, a diária é de US$ 290 – cerca R$ 945 na cotação que fechou a semana.

A cobertura de despesas está instituída pelo decreto nº 112 de junho de 2015.

A soma das diárias para os dez dias na China (3 a 12 de novembro) é R$ 116.686. O valor estimado das passagens áreas mais as diárias da comitiva chega a R$ 226.686. Uma distribuição de R$ 22.600 de despesas diárias, lembrando que para os preços das passagens não foi considedo a compra de bilhetes para classe executiva, o que aumentaria consideravalmente o valor final da conta.

O grupo do governador Pedro Taques com servidores oficiais do Estado, empresários, deputados, prefeitos e vereadores é composto por 54 pessoas.  O Gcom afirma que, no entanto, estão sendo pagas despesas “apenas” de 11 servidores com relação direta às negociações na China.

Estão na entourage, por exemplo, o deputado estadual Oscar Bezerra (PSB), o diretor de relações institucionais da Famato, José Luiz Martins Fidelis, o diretor da Acrimat, Agenor Vieira de Andrade, a prefeita de Castanheiras, Mabel da Silva, e o prefeito de Sorriso, Ari Lafin.

Fonte: http://circuitomt.com.br

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