A farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, fabricante da vacina de Oxford, divulgou nesta terça-feira (26) que não vai disponibilizar vacinas para o setor privado.
“No momento, todas as doses da vacina estão disponíveis por meio de acordos firmados com governos e organizações multilaterais ao redor do mundo, incluindo da Covax Facility, não sendo possível disponibilizar vacinas para o mercado privado”, diz o comunicado.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (26), durante a videoconferência do banco Credit Suisse, que o governo federal fechou um acordo com empresas particulares declarando-se favorável à compra de 33 milhões de doses da vacina contra a covid-19 do laboratório AstraZeneca. Metade dos imunizantes iria para o SUS (Sistema Único de Saúde) e o restante seria aplicado nos funcionários das empresas, explicou ele.
“Semana passada nós fomos procurados por um representante de empresários e nós assinamos carta de intenções favorável a isso, para que 33 milhões de doses da Oxford viessem do Reino Unido para o Brasil a custo zero para o governo. E metade dessas doses, 16,5 milhões, entrariam aqui para o SUS e estariam então no programa nacional de imunização”, disse.
De acordo com Bolsonaro, a medida foi tomada com o objetivo de estimular a economia do país.
Conforme acordo estabelecido entre a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) – que irá produzir a vacina no Brasil – e a AstraZeneca, 100,4 milhões de doses do imunizante estarão disponíveis no país ainda no primeiro semestre deste ano. Elas serão fabricadas a partir de insumos importados da China.
A instituição afirmou, nesta segunda-feira (25), que a matéria-prima para fazer a produção já estaria pronta para ser enviada da China. A fábrica de Bio-Manguinhos, no Rio de Janeiro, aguarda apenas a chegada do IFA (ingrediente farmacêutico ativo) necessário para os primeiros 7,5 milhões de doses.
FONTE: r7.com