BRASIL SE APROXIMA DE BATER RECORDE ANUAL DE MORTES POR DENGUE

9 de dezembro de 2022 - 08:57 | Postado por:

Até o momento, país totaliza 975 óbitos pela doença, número quatro vezes maior que o do ano passado

 

O Brasil deve bater o recorde em mortes por dengue neste ano e pode ultrapassar, pela primeira vez, o número de mil óbitos anuais.

Até o dia 19 de novembro, quando foi divulgado o mais recente boletim do Ministério da Saúde, haviam sido registrados 975 óbitos, muito próximo das 986 mortes ocorridas em 2015, o maior índice desde que a doença ressurgiu no país, na década de 1980. O número já é quase quatro vezes maior que o total de mortes do ano passado, quando houve 246.

A maior incidência de dengue acontece em um momento em que o Brasil enfrenta também uma retomada da pandemia de Covid-19. Em algumas cidades, as prefeituras estão sendo obrigadas a readequar o sistema de saúde para as duas doenças.

Segundo os dados do Ministério, o número de casos prováveis de dengue cresceu 175,1% neste ano, em comparação com o do mesmo período de 2021, com 1,39 milhão de casos, incidência de 651,9 por 100 mil habitantes.

A região Centro-Oeste é a mais crítica, com incidência de 1.977 casos por 100 mil moradores, seguida da região Sul (1.041,2 por 100 mil). A cidade paulista de Araraquara tem a maior incidência por município — 8.754,4 por 100 mil habitantes —, seguida pela também paulista São José do Rio Preto — 4.199,1 por 100 mil.

Com 323,9 mil casos positivos da doença, o estado de São Paulo detém o maior número de mortes por dengue, com 276 registros, segundo o Ministério, seguido por Goiás (151), Paraná (108), Santa Catarina (88) e Rio Grande do Sul (66).

No país, outros 99 óbitos estão em investigação. Houve ainda 85 mortes por chikungunya. As duas doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, que se prolifera com mais facilidade em condições de calor e umidade, como ocorre atualmente.

 

Alerta nacional

O aumento nos casos de dengue levou a Sociedade Brasileira de Infectologia a divulgar um alerta nacional para lembrar que o quadro é preocupante e reforçar a necessidade da adoção de medidas preventivas contra a doença.

Além disso, segundo o infectologista, a atenção tem de ser permanente.

 

 

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