As dinamites que explodiram acidentalmente em um garimpo no município de Guarantã do Norte (708 quilômetros de Cuiabá), provocando a morte de Daniella Trajano Dalffe, de 28 anos e o empresário Mario Lucier Caldeira, de 49 anos, presidente da Cooperativa dos Garimpeiros, estavam tendo seus códigos apagados para serem vendidos no mercado negro, segundo as investigações da Polícia Civil.
As dinamites que explodiram acidentalmente em um garimpo no município de Guarantã do Norte (708 quilômetros de Cuiabá), provocando a morte de Daniella Trajano Dalffe, de 28 anos e o empresário Mario Lucier Caldeira, de 49 anos, presidente da Cooperativa dos Garimpeiros, estavam tendo seus códigos apagados para serem vendidos no mercado negro, segundo as investigações da Polícia Civil.
Conforme a apuração realizada até o momento, as pessoas que estavam no garimpo no momento da explosão manuseavam um solvente inflamável (Thinner) para apagar os códigos de rastreio que constam nas emulsões e nos cordéis detonantes.
Os códigos são obrigatórios em todo material explosivo e servem para rastrear a carga desde a origem até o destino final do material que tem o uso controlado pelo Exército Brasileiro.
A investigação apurou que a supressão dos códigos foi feita para evitar que o material fosse rastreado e pudesse, assim, ser vendido no mercado negro.
“As cargas de dinamite não deveriam estar em Guarantã, foram movimentadas clandestinamente. O rastreio desse tipo de carga tem uma rota traçada, não pode ser desviada”, explicou o delegado Victor Hugo Caetano Freitas, responsável pela investigação.
Morreram na explosão a empresária Daniella Trajano Dalffe, de 28 anos, e presidente de uma cooperativa de garimpeiros, Mário Lucier Caldeira, de 49 anos. Outras três pessoas sofreram lesões graves e queimaduras.
Foram apreendidos pela Polícia Civil 300 quilos de emulsão de dinamite e mais de mil metros de cordel detonante no garimpo.