Graças ao El Niño, o mês de maio foi o mais quente nas superfícies dos oceanos. E o mês de junho deverá ser o mais quente da história
Conforme apontado anteriormente pela OMM (Organização Meteorológica Mundial), o fenômeno climático El Niño está de volta — e já registra grandes efeitos no planeta. O Copernicus (Programa de Observação da Terra da União Europeia) revelou que as superfícies dos oceanos tiveram o mês de maio mais quente já registrado — e agora teremos o mês de junho mais quente do mundo.
“O mundo acaba de ter seu início de junho mais quente já registrado, depois de um mês de maio que foi apenas 0,1°C menos quente do que o recorde”, afirmou Samantha Burgess, vice-diretora do serviço Copernicus. “As temperaturas médias do ar da superfície global, nos primeiros dias de junho, foram as mais altas já registradas no conjunto de dados ERA5 para o início de junho e por uma margem substancial”.
“Se um ano é particularmente quente, isso não é necessariamente significativo, mas o que fica claro é essa forte tendência, que mostra um aumento nas temperaturas de cerca de 0,2°C por década”, complementa Bréo
Esses desequilíbrios climáticos podem resultar em incêndios florestais, no degelo dos polos e até mesmo no aumento da demanda por eletricidade para climatização — além de contribuir para o aquecimento global.