São 15 escolas em sete municípios do estado que funcionam em período integral: Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Alto Araguaia e outras
com carga horária diferente de uma escola regular, a educação integral tem sete horas de aula por dia em vez de quatro. O aluno desenvolve durante um período disciplinas regular em outro período fazem disciplinas extracurriculares. O projeto foi implantado em escolas públicas do país em 2007.
Segundo o membro titular do Fórum Nacional de Educação (FNE) Daniel Cara, a escola integral ajuda no desenvolvimento do ser humano em todas as suas dimensões.
Ou seja, para se ter um ambiente de educação integral, o aluno deve ser formado não só do ponto de vista intelectual, mas também no afetivo, no social, no físico. Para que isso ocorra é preciso que haja integração de tempos e espaços, com a inclusão de diversos atores no processo educativo.
Assim, a educação não deve ficar limitada ao espaço escolar nem se apoiar exclusivamente no professor. A educação integral é, portanto, aquela em que os cidadãos se envolvem e compartilham saberes, dentro ou fora da escola.
Em Mato Grosso, 15 unidades da rede estadual de ensino já ofertam este modelo a seus alunos. É o programa Escola Plena, que atende 2.456 mil alunos em tempo integral.
Em 2016, a Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Seduc-MT) testou o programa em quatro escolas, sendo duas em Cuiabá e outras duas em Rondonópolis (210 km da capital). No final do mesmo ano, o Ministério de Educação e Cultura (MEC) criou um edital de fomento ampliando em nível nacional as escolas públicas integrais. Mato Grosso aderiu e o programa se expandiu para mais 11 escolas envolvendo um número maior de municípios.
Na Escola Plena os estudantes passam o período da manhã e da tarde nas escolas, recebem três alimentações diárias (café da manhã, almoço e lanche), tudo acompanhado por um nutricionista. Recebem um ensino diferenciado, dividido em pedagógico e extracurricular.
Segundo o coordenador de ensino médio da Seduc, Graciano Rogério Gomes, a principal função de uma escola é descobrir e incentivar os dons dos alunos, por isto há disciplinas eletivas em que os alunos escolhem suas atividades.
“Em seis meses de implantação definitiva, renovamos toda a parte pedagógica dessas escolas. Os jovens sempre buscam algo diferente, o principal papel de uma escola é despertar o dom do aluno. Hoje fazemos isto”, conta o coordenador.
Graciano Rogério observa que a turma do 1º ano do ensino médio enfrenta um período de adaptação, porque vem de outra metodologia de ensino, já que não há o sistema integral no ensino fundamental. “Estamos planejando implantar a Escola Plena também no ensino fundamental para que não haja esse choque na mudança”, declarou.
Conforme o coordenador, o diferencial da Escola Plena é que ela prepara o aluno para focar em seu projeto de vida. “Nós queremos que os estudantes sintam orgulho de estudar em escola pública, queremos que ele descubra como usar a educação integral para conquistar seus sonhos e desejos profissionais”.
Araguaia News