Atualmente, vivem 600 famílias de assentados. Os incêndios no assentamento são combatidos por brigadas e moradores da região.
A floresta comunitária do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) no assentamento Bordolândia, em Serra Nova Dourada, no nordeste do Mato Grosso, já teve mais de 500 hectares destruídos pelo fogo que atinge a região desde domingo (19). Os moradores da área apontam que o incêndio foi causado por grileiros que invadiram a terra na semana passada.
Atualmente, vivem 600 famílias de assentados. A grilagem de terras, segundo elas, é comum no assentamento vizinho de Marãiwatsédé.
O Corpo de Bombeiros informou que até agora não recebeu nenhum chamado para combater incêndios em Bordolândia.
De acordo com a Rede de Sementes do Xingu, associação não-governamental sem fins lucrativos, as brigadas montadas na região estão trabalhando no combate, no entanto, eles não possuem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), o que dificulta o trabalho.
Segundo a associação, grileiros que invadiram a área de preservação do assentamento aproveitaram a estação seca para colocar fogo na vegetação. Os focos de incêndio, localizados em alguns pontos da reserva, encontraram-se e formaram uma grande coluna de fogo que avançou em direção aos lotes dos assentados.
Apesar disso, as chamas das casas dos agricultores familiares por causa da mudança da direção do vento.
“Outra parte do fogo foi apagada por uma equipe de cerca de 50 brigadistas voluntários, moradores do assentamento, que revezam-se em turmas menores e dividem-se pelas áreas atingidas. Apesar dos esforços em conter as chamas, os grileiros continuam gerando novos incêndios”, disse a associação.
Quinta-feira (23), choveu na região, o que ajudou a controlar o fogo, no entanto, agora os assentados estão sem energia elétrica.
Créditos:G1