Magistrada constatou que veículo não pertencia a nenhum dos investigados
A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Ana Cristina Silva Mendes, determinou a devolução de uma caminhonete S-10, modelo 2011/2011, apreendida durante a operação “Mahyas”. Deflagrada pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá (Derf) no ano de 2020, a operação “Mahyas” apura a atuação de uma organização criminosa que atuava na Baixada Cuiabana, especializada no roubo de gado.
Em decisão do dia 6 de agosto de 2021, a juíza Ana Cristina Silva Mendes admitiu que a caminhonete não pertence a nenhum dos investigados da operação “Mahyas”.
“Considerando que o veículo apreendido é de terceiro de boa-fé, bem como não figurou como investigado nos
autos supracitados, entendo que o pedido formulado pelo requerente Arilson Pedroso de Queiroz merece acolhimento”, reconheceu a juíza.
OPERAÇÃO MAHYAS
A operação “Mahyas” foi deflagrada pela Derf, de Cuiabá, no dia 20 de agosto de 2020. Os alvos das investigações estariam envolvidos em crimes de roubos, furtos e receptação de gado de propriedades rurais.
A operação “Mahyas” cumpriu 24 mandados de prisão preventiva, 19 de busca e apreensão, 7 sequestros de veículos e 3 suspensões de atividades comerciais em açougues que vendem carnes de animais provenientes de abatedouros clandestinos.
São alvos da operação Levinaldo Fernandes de Oliveira, Lorran Burin Dantas de Figueiredo, Pablo de Oliveira, João Ferreira Barroso Filho, Paulo Vilela Siqueira Meira, Luan Adriano de Oliveira, Michel Douglas Pereira Cunha, Rafael da Silva Schmit, Reinaldo Molina de Morais, Renys Jesus Melo Fernandes, Ronaldo Santana, Roque Alves de Souza Marinho, Vladimir Marques Cunha, André Luiz de Paula, Deivid Richard Cunha Santos, Eder Souza Carvalho, Edson Joel de Almeida Meira, Erivaldo Lima da Silva, Fábio de Almeida Brito, Gabriel Rodrigues Bianchini, Jeikson Almeida de Souza, José Denisneuto Benício da Cruz, José Severino Barbosa e Ivan Griliaud Souza.
Os mandados foram cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande, Nossa Senhora do Livramento, Acorizal, Jangada, Barra do Bugres e Nova Mutum. As investigações da PJC apontam um prejuízo mínimo de R$ 3 milhões às vítimas.
Um dos supostos líderes do bando, Edson Joel de Almeida Meira, o “Edinho Meira”, é pai do prefeito de Jangada (80 KM de Cuiabá), Rogério Meira (PP). O chefe do Poder Executivo Municipal também possui um tio preso na operação – Paulo Vilela Meira, conhecido como “Nho”.