LIDERANÇA DOS CAMINHONEIROS AVALIA QUE GREVE NÃO GANHA FORÇA EM MATO GROSSO

1 de novembro de 2021 - 10:21 | Postado por:

Caminhoneiros autônomos pretendem bloquear estradas federais contra a política de preços da Petrobras

 

A ameaça de paralisação nacional dos caminhoneiros, prevista para amanhã, 1º de novembro, não vem sendo articulada em Mato Grosso por lideranças da categoria. Sem essa organização, que foi vista em 2018, o movimento grevista pode ter pouca força no estado e se houver manifestações, elas devem ocorrer de forma espontânea. Essa é a avaliação de Gilson Baitaca, um dos líderes da greve de maio daquele ano, considerada a maior da história da categoria e que parou o Brasil.

Os caminhoneiros autônomos pretendem bloquear estradas federais para protestar contra a política de preços da Petrobras, que tem provocado sucessíveis aumentos no valor dos combustíveis nos postos de combustível por todo o País, encarecendo o frete e dificultando o transporte de cargas. O descontentamento da categoria com a política econômica do governo vem sendo apoiado por diversas centrais sindicais, embora a categoria seja declaradamente, em sua maioria, bolsonarista.

 

Em outubro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tentou amenizar a situação, prometendo auxílio diesel no valor de R$ 400 para beneficiar cerca de 750 mil profissionais. A proposta, no entanto, foi recebida com críticas. O deputado federal Neri Geller (PP) chegou a dizer que a greve de amanhã “não tem força”.

Diante da permanência dessa ameaça de greve, a Justiça vem proibindo o bloqueio de estradas pelo Brasil. A juiza federal substituta Marina Sabino Coutinho, da 1ª Vara de São Vicente, por exemplo, proibiu o bloqueio de estradas, protegendo sobretudo os acessos ao Porto de Santos (SP), ao Porto de Suape (PE) e rodovias de São Paulo, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.  Em caso de descumprimento da decisão, os profissionais podem ser multados em R$10 mil , por dia de bloqueio, enquanto as pessoas jurídicas, em R$ 100 mil diários. Apesar das decisões, o movimento mantém a paralisação prevista para amanhã.

A última manifestação dos caminhoneiros em Mato Grosso ocorreu após 7 de setembro, quando algumas estradas foram bloqueadas pelos profissionais. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram bloqueadas a MT-130, sentido Paranatinga, e as BR-158 e 163. Nesses dois últimos trechos os manifestantes impediram a passagem apenas de veículos de carga.

Em fevereiro deste ano também houve um movimento grevista, criticando a alta dos preços. A paralisação da categoria é sempre vista com preocupação, sobretudo depois de 2018, porque afeta o abastecimento das cidades, supermercados e postos de combustíveis, entre outras atividades econômicas, elevando ainda mais o preço dos produtos.

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