Cor Jesus Fontes recomenda que famílias evitem aglomerações nas festas de fim de ano O infectologista Cor Jesus Fernandes Fontes, da Universidade Federal de Mato Grosso, diz ter constatado um aumento no número de casos de Covid-19 no Estado nos últimos dias. o especialista classificou a situação como “preocupante” por ser uma época em que o Estado recebe muitos turistas e as famílias costumam se aglomerar para passar o Natal e Ano Novo juntos. “Não posso dizer que em Mato Grosso é a terceira onda, porque o número é reduzido. Mas é preocupante e, considerando a época do ano, nós temos um prognóstico ruim”, explica o médico, que é professor no Hospital Universitário Júlio Müller. “Tudo é preocupante e pode ser que a gente volte à situação de lockdown”, acrescenta. Cor explica que ainda não é possível mensurar a magnitude do aumento de casos, mas afirma que já dá para perceber essa alta por meio dos resultados de exames positivos que estão sendo diagnosticados. Nas últimas semanas, tem sido grande o número de casos positivos em famílias cuibanas, onde mais de uma pessoa se contamina. Segundo o especialista, Mato Grosso apresentou nos últimos 60 dias uma queda progressiva em relação às pessoas contaminadas pelo novo coronavírus. No entanto, desde o dia 22 de dezembro o cenário mudou e os números voltaram a crescer. Este crescimento, de acordo com o infectologista, está diretamente ligado às viagens de fim de ano, já que moradores de outros estados que ainda estão com alta transmissão de Covid vieram para os municípios mato-grossenses. Apesar do alerta, o especialista relata que dos pacientes que ele conhece que tiveram o diagnóstico do vírus nos últimos dias, todos estão com sintomas leves. Ele explica que dois fatores podem ter contribuído para isso: a vacinação ou uma variante mais branda da Covid-19, como seria o caso da Ômicron. Mesmo sem relato de casos mais severos, Cor não descarta a gravidade da situação e afirma que é necessário manter as mesmas medidas de segurança, principalmente neste período e no Carnaval. O infectologista cita a terceira onda que está atingindo países como Estados Unidos e garante que manter o distanciamento e seguir vacinando até a terceira dose é necessário para evitar um novo ano de restrições. “Essas aglomerações de final de ano são problemáticas e se a gente mudar a postura. Podemos abortar essa terceira onda, evitar que a transmissão seja intensa e que a gente tenha que fazer lockdown”, afirma.