Mulher de 42 anos registrou boletim de ocorrência por injúria e ameaça contra advogado, de 56 anos, que é filho de um desembargador de Mato Grosso, que chegou a presidir o Tribunal de Justiça na década de 1970. Inclusive, uma escola estadual no interior do Estado leva o nome do magistrado. Segundo relatos da vítima no BO, o suposto agressor chegou a ameaçar de jogá-la do terceiro andar do prédio, pela sacada, antes da chegada da polícia.
Os dois tinham reatado o relacionamento há cerca de dois meses e estavam morando juntos há aproximadamente um mês. As supostas agressões ocorreram na madrugada deste domingo (28).
De acordo com as informações de pedidos de medidas protetivas registrados no Plantão da Delegacia da Mulher, a vítima disse que foi agredida em outras ocasiões pelo suspeito e chegou a pedir medida protetiva contra ele, após relatar que as agressões causadas pelo companheiro a deixou machucada e com hematomas.
Contudo, depois desse episódio, a mulher retirou a medida protetiva e reatou com o suspeito. Conforme consta no documento registrado na polícia, a vítima conta que o advogado disse a ela que estava se sentindo carente por causa da morte da mãe. O suspeito ligava para ela todos os dias, e ela decidiu voltar para a Capital para conviver com ele novamente.
Neste domingo, especificamente, ela conta que o suspeito estava muito nervoso e, devido ao jogo de futebol ocorrido no sábado (final da Libertadores Palmeiras e Flamengo), fez uso de grande volume de bebida alcoólica, a qual, posteriormente, misturou com medicação.
Logo em seguida ao jogo, segue narrando a vítima no pedido de medida protetiva, o suspeito passou a ameaça-la. A mulher estava falando com uma parente pelo telefone, e o advogado passou a demonstrar ciúmes. Conta ainda que, depois disso, foi humilhada, xingada e intimidada a fazer o que ele queria.
Ela disse então que desceu até a portaria do prédio e pediu ao funcionário para ficar de olho no apartamento porque estava com medo do suspeito, que estaria muito alterado e bêbado. Quando subiu de volta à residência, ocorreram uma série de abusos sexuais, injúrias e xingamentos. Foi nesse momento que ela ligou para a polícia.
Foi também nesse instante que o advogado teria dito que não daria tempo “da polícia chegar antes de eu te jogar daqui da sacada”, conforme consta no documento de medida protetiva.
Nenhuma testemunha presenciou as agressões. Após a chegada da Polícia Militar, os dois foram conduzidos até o Plantão da Delegacia da Mulher no bairro Planalto. Ela afirmou que quer representar contra o advogado. A vítima ganhou um acesso ao botão do pânico.
Polícia Civil deve investigar a violência doméstica.