26 deputados investigados em diferentes esquemas disputam eleições em MT

10 de setembro de 2018 - 20:54 | Postado por:

Dos 20 deputados estaduais que buscam a reeleição, todos já tiveram os nomes envolvidos ou citados em algum escândalo de corrupção ou improbidade administrativa.

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O presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho (DEM), é investigado pelo Ministério Público Estadual (MPE) suspeito de envolvimento no esquema de propina do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT), que teria desviado mais de R$ 30 milhões dos cofres públicos e que foi investigado nas operações Bereré e Bônus, deflagradas pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco).

Ainda neste esquema estão os deputados Mauro Savi (DEM), que ficou 107 dias preso, Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD), Wilson Santos (PSDB) e Romoaldo Júnior (MDB). Todos foram denunciados pelo Ministério Público.

Nininho e Romoaldo Júnior também foram delatados pelo ex-governador Silval Barbosa. Já Wilson Santos, responde outras ações, como no caso do Rodoanel de Cuiabá, quando ainda era prefeito.

Silvano Amaral (MDB) e Wagner Ramos (PSDB), Dilmar Dal’Bosco (DEM) e Oscar Bezerra (PV) também foram delatados por Silval em uma possível tentativa de extorsão do ex-chefe do Paiaguás.

Já Pedro Satélite (PSD), Sebastião Rezende (PSC), Gilmar Fabris (PSD), Guilherme Maluf (PSDB) e Adalto de Freitas, o Daltinho (Patriota), estão na lista do ex-presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), José Riva, que afirma um esquema de mensalinho no Legislativo desde 1995.

Já o deputado estadual Zeca Viana (PDT) é investigado em um esquema de desvios ocorrido na Assembleia Legislativa, por meio da emissão de notas frias.

Saturnino Masson (PSDB) também já foi citado em várias denúncias. Entre elas, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) autorizou a instauração de uma investigação criminal contra o deputado por suspeita de ter ocultado uma doação de campanha durante o período eleitoral de 2014. Ele também chegou a ser condenado pela Justiça por fraudes em inspeção sanitária no frigorífico Marfrig Alimentos S/A, localizado no município de Tangará da Serra. De acordo com a denúncia, Saturnino, então prefeito de Tangará permitiu que a administração municipal firmasse acordo em que o frigorífico era o responsável para pagar os salários dos fiscais de inspeção sanitária.

João Vieira

Max Russi (PSB) já foi condenado pelo Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE) a pagar multa no valor de R$ 4 mil por não fornecer informações sobre a execuções de obras no município de Jaciara, quando foi prefeito. Também responde uma ação por improbidade administrativa no mesmo período.

Já Valdir Barranco (PT) está em inquérito da Polícia Federal que investiga possível compra de votos no município de Itanhangá (a 523 Km da Capital) durante as eleições de 2014. As investigações estão sendo conduzidas pela Procuradoria Regional Eleitoral de Mato Grosso, com sede em Cuiabá.

Allan Kardec (PDT) também é investigado suspeita de compra de votos. Segundo a denúncia, haveria indícios de possível compra de votos e abuso do poder econômico praticado por Kardec, candidato não eleito ao cargo de vereador nas eleições municipais de 2016, sendo que o suposto esquema de corrupção beneficiaria também a candidatura de Emanuel Pinheiro.

Kardec era suplente de Emanuel Pinheiro na Assembleia Legislativa e acabou herdando a vaga com a vitória do peemedebista. Na época, foi expedido um mandado de busca e apreensão cumprido na casa de Allan e também no comitê de Emanuel. Os documentos apreendidos foram encaminhados ao Ministério Público, que requereu a remessa à Polícia Federal.

A deputada Janaina Riva (MDB) também está envolvida em uma ação cautelar fiscal junto com seu pai, o ex-deputado José Riva e sua mãe, Janete Riva. O processo é movido pela Fazenda Pública nacional por irregularidades tributárias. A deputada nega irregularidades e afirma que não administra as empresas citadas.

O deputado estadual Dr. Leonardo Albuquerque (SD), que disputa uma vaga na Câmara Federal, também é citado em uma operação da Polícia Federal durante às investigações da Operação Merenda Segura. Ele é suspeito de tentar embaraçar investigação na Secretaria de Estado de Educação (Seduc). O processo foi remetido ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

Deputados federais

Já em relação à bancada federal não é diferente. Nilson Leitão (PSDB), que disputa o senado, já foi considerado pelo site Congresso em Foco, como um dos 13 parlamentares com maior número de processos em andamento STF Supremo Tribunal Federal (STF).

Recentemente, Leitão foi acusado na delação do empresário Alan Malouf, como um dos beneficiados no esquema de propina e corrupção na Seduc, descoberto após a operação Rêmora, deflagrada pelo Gaeco.

Adilton Sachetti, que também desistiu da reeleição na Câmara Federal para disputar o senado, é investigado por crimes de responsabilidade e fraude em licitação.

Segundo as investigações, quando exercia cargo de prefeito em Rondonópolis (212 Km de Cuiabá), ele autorizou a venda de um terreno no Distrito Industrial da cidade.

Já Carlos Bezerra (MDB), Valtenir Pereira (MDB) e Ezequiel Fonseca (PP), foram todos citados por Silval em sua delação homologada pelo Supremo. Pereira foi citado por supostamente ter pedido cerca de R$ 6 milhões de propina de verbas federais destinadas para obras em Mato Grosso. Carlos Bezerra teria recebido R$ 1 milhão em propina por ter intermediado desapropriação de uma área no bairro Renascer, em Cuiabá.

Já Ezequiel Fonseca aparece nas gravações de Silval, colocando R$ 50 mil de mensalinho em uma caixa de papelão. Victório Galli (PSL) é investigado pelo Supremo Tribunal Federal no caso conhecido como “farra das passagens aéreas”.

De acordo com o inquérito entre 2005 e 2009, deputados negociavam com agências de viagens passagens da cota parlamentar. Esses deputados estariam usando a cota para viagens de parentes e amigos.

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