A Executiva do Democratas em Mato Grosso aprovou o envio do pedido de candidatura do deputado estadual Mauro Savi à Justiça Eleitoral. Tiveram direito a se manifestar o deputado Fabio Garcia (presidente), o ex-governador Júlio Campos (secretário-geral), deputado Dilmar Dal’Bosco (tesoureiro), o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), além do candidato ao Governo, Mauro Mendes, e o candidato ao Senado Jaime Campos. Somente Mauro Mendes e Jaime foram contra, conforme informações da assessoria de Garcia. Savi esteve preso entre o dia 9 de maio e 22 de agosto. Ele é acusado de integrar um esquema de desvios de recursos no Detran na ordem de R$ 30 milhões descoberto pela Operação Bereré. Em nota, o DEM afirmou que o protocolo pedindo a possibilidade de disputa foi feito por Savi após a abertura de uma vaga na coligação, com a renúncia do candidato Jeremias Prado dos Santos. Com a abertura de vaga, o DEM afirmou que o estatuto do partido prevê a possibilidade de substituição. “A Executiva Estadual do DEM colocou o requerimento em votação e aprovou, por maioria, o pedido de registro de Mauro Savi. Votaram de forma contrária ao pedido o candidato ao Governo do Estado, Mauro Mendes, e o candidato ao Senado, Jaime Campos”, disse a assessoria por meio de nota. O pedido de registro de candidatura, agora, será enviado para apreciação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Sem espaço Anteriormente, o partido havia negado a possibilidade de Savi ir à reeleição. Todos os membros da Executiva haviam sido contra o pedido. À época, ele ainda estava preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). Membros da Executiva, como Júlio Campos, tinham dito na imprensa que seria “desgastante” aceitar a candidatura do parlamentar. “Pela lógica, ele está com todos os documentos legais, está apto para disputar. Mas é pesaroso para o partido e até desgastante assumir esse ônus de uma candidatura de uma pessoa que está respondendo a um inquérito por corrupção e que está lá preso no CCC”, disse o ex-governador. Acusações Segundo as investigações da Operação Bereré, parte dos valores repassados pelas financeiras à EIG Mercados por conta do contrato com o Detran retornava como propina a políticos e empresários. O dinheiro, de acordo com o MPE, era “lavado” pela Santos Treinamento – parceira da EIG no contrato – e por servidores da Assembleia, parentes e amigos dos investigados. De acordo com a denúncia, os fatos vieram à tona a partir de colaborações premiadas de Teodoro Moreira Lopes, o “Doia” (indicado por Mauro Savi para a presidência do Detran-MT). O deputado era um dos principais beneficiados pelo esquema. Leia mais sobre o assunto: Por 9 a 8, TJ manda soltar deputado, ex-secretário e mais três DEM diz que não aceitará registro de candidatura de Mauro SaviExecutiva colocou requerimento em votação e aprovou por maioria; Justiça agora irá analisar registro
Executiva Estadual do DEM colocou o requerimento em votação e aprovou, por maioria, o pedido de registro de Mauro Savi