Ex de agente prisional se diz assustada com soltura: vão esperar ele me matar?

11 de fevereiro de 2020 - 15:10 | Postado por:

Ex-namorada do agente penitenciário Edson Batista Alves, de 35 anos, espancada e mantida em cárcere privado, em Cuiabá, se diz muito assustada com a soltura dele e já está com o botão do pânico para usar de imediato, caso se aproxime. Ela saiu do relacionamento com o agente agredida e ameaçada de morte, assim como o filho de 6 anos. “Vão esperar me matar para acreditarem nas montruosidades que ele é capaz de fazer?”, questiona.

Vão esperar me matar para acreditarem nas montruosidades que ele é capaz de fazer?

Depois de receber uma ligação do Fórum de Cuiabá, informando sobre a soltura do suspeito, ela foi nesta manhã (11), junto com a irmã, à Penitenciária da Mata Grande, em Rondonópolis (a 212 km de Cuiabá), onde mora com a mãe e o filho, para pegar o equipamento, que é um dispositivo de segurança, de uso autorizado para mulheres em risco de agressão.

Parece um controle remoto ligado aos órgãos da Segurança Pública. Se o agressor se aproximar, ele vibra. “Daí eu tenho que ligar para a polícia na hora”, explica.

Tudo começou quando a vítima, que é Rondonópolis, viajou para Cuiabá, com o filho, para visitar o namorado. O que parecia o início de um romance de apenas 3 meses terminou em pancadaria. “Muito ciumento, possessivo, violento, foi se revelando aos poucos”.

Além de espancar a então namorada em cativeiro, o servidor agredia também verbalmente o filho dela. Em determinado momento, bateu tão forte no braço dele que o quebrou. Chegou a dizer que, como a criança era criada com a avó, seria “viado” e uma pessoa imprestável.

O menino está visivelmente traumatizado. Demonstra sentir medo e não quer sair de perto da mãe: virou um grude. Há 2 semanas, retirou pinos que colocou no braço, para corrigir a fratura. Marcas da cirurgia ainda não cicatrizaram. De acordo com a tia dele e irmã da vítima, feridas psicológicas também não se fecharam. Por isso, o garoto foi encaminhado à terapia pela Delegacia da Mulher de Rondonópolis.

Entrou na minha casa, parecia uma pessoa agradável, amigável, afirmou ser evangélico, temente à Deus, como desconfiar de uma pessoa assim? Todos nós da família tomamos um baita susto com o que ele fez

No dia em que o agente quebrou o braço dele, primeiro as agressões foram verbais, depois a mãe ouviu o choro e foi ver o que era. O menino estava também com o olho machucado e uma queimadura na barriga. Ao tirar satisfações, o “padrasto” reafirmou que estava mantendo o plano de matá-lo.

“É um psicopata”, diz a irmã da vítima. “Entrou na minha casa, parecia uma pessoa agradável, amigável, afirmou ser evangélico, temente à Deus, como desconfiar de uma pessoa assim? Todos nós da família tomamos um baita susto com o que ele fez”.

Desde às agressões mãe e filho tentam rotamar a vida. As aulas recomeçaram essa semana e o menino está frequentando escola. A mãe também tenta curar feridas, sente-se ainda traumatizada, está afastada do emprego de merendeira por 3 meses.  Só não contava com a soltura do agressor, na opinião dela precoce, e o medo desse caso terminar em feminicídio.

Fonte RD News

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