Menino de 6 anos morre após ficar 3 meses sem medicação em Várzea Grande

25 de julho de 2019 - 15:22 | Postado por:

Após uma longa espera pelo medicamento Imunoglobulina Humana IV, o pequeno Geovanny Marques Campos da Silva, 6, não resistiu e faleceu na tarde de quarta-feira (24). O menino, que nasceu com uma doença rara, a Síndrome PI3K delta, estava há 3 meses sem o remédio que deveria ser fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pelo Estado.

Com a falta do remédio na rede pública, a família realizou uma campanha pelas redes sociais para arrecadar fundos e adquirir o remédio encontrado em São Paulo, com custo de R$ 1.700 cada ampola, incluído o frete para Cuiabá. O valor total seria de R$ 5.100. A intensão era comprar a medicação para um mês, enquanto o Estado não regularizasse o fornecimento.

A doença de Geovanny era de fator genético, de imunodeficiência primária caracterizada por aumento da suscetibilidade a infecções bacterianas e virais recorrentes e graves. Por isso, o menino necessitava do tratamento mensalmente.

“O medicamento, que é de uso exclusivo hospitalar, é fornecido pelos SUS, já que é de alto custo. Ele precisava ser internado para receber a medicação todo mês, porém, com a interrupção do tratamento, a saúde dele ficou ainda mais debilitada neste período”, contou a tia do menino, Janaína Marques, ao Gazeta Digital nesta semana.

Amigos e familiares lamentam a morte prematura do garoto.  “Ele estava muito mal e precisou ser está muita mal foi entubado, devido à fragilidade de sua saúde, não resistiu. É uma vergonha o sistema de saúde neste país”, desabafou Larissa Oliveira, colega de trabalho e amiga da mãe de Geovanny.

O velório do garoto ocorre na casa da avó, na Rua Manoel Francisco de Paula, no Bairro Centro Sul, em Várzea Grande.

O outro lado

Na segunda-feira (22), a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), por meio da Superintendência de Assistência Farmacêutica, informou que, em razão do desabastecimento do medicamento imunoglobulina em todo o país – que é fornecido aos Estados pelo Ministério da Saúde – e considerando a gravidade da situação, o próprio Governo Federal disponibilizará, em breve, 700 frascos do referido componente para a SES-MT.

Fonte: Gazeta Digital

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