denúncia apresentada pelo Ministério Público (MP) contra os sete suspeitos de envolvimento no assassinato de Daniel Correa aponta que, além de Edison Brittes Júnior, que confessou o crime, David Vollero, Eduardo Henrique da Silva e Ygor King também desceram do carro, em rua de São José dos Pinhais, retiraram a vítima do porta-malas, espancaram e imobilizaram-na, para que Edison cortasse o pescoço do jogador.
O documento, ao qual o ‘UOL’ teve acesso, descreve que, “em via pública, mesmo estando séria e intensamente lesionada, a vítima Daniel Correa Freitas foi retirada do porta-malas e submetida a uma nova e cruel sessão de espancamento, a socos e pontapés, pelos codenunciados David Vollero, Eduardo Henrique da Silva e Ygor King, até o momento em que o codenunciado Edison Brittes, munido de um objeto cortante, decapitou parcialmente a vítima Daniel Correa Freitas, tendo, para tal, contado com a imobilização da vítima pelos demais codenunciados, nela provocando a lesão mortal descrita no laudo pericial”.
Contudo, Ygor e David disseram em depoimento que não saíram do carro e que não viram Daniel ser morto. Já Eduardo Henrique afirmou que todos desceram do veículo.
Ainda de acordo com o documento, Daniel tinha um corte no supercílio, que, segundo a perícia, é um “indicativo de luta corporal”.
A denúncia também aponta que o amputamento do pênis da vítima ocorreu com a ajuda dos quatro agressores e aponta “desrespeito ao morto” na tentativa de esconder as partes cortadas.
“Nas mesmas condições e, ao mesmo tempo, contando sempre com o apoio e adesão dos demais presentes, o codenunciado Edison Brittes, utilizando o mesmo objeto cortante, promoveu a amputação peniana proximal e total”, escreveu.
“Após ter realizado emasculação parcial da vítima na forma acima descrita, com a amputação peniana proximal e total e com secção parcial do escroto também ocultou tais partes do corpo do jogador Daniel em desrespeito ao morto, e arremessando-as para o topo de uma árvore”, completou.
O crime aconteceu no dia 27 de outubro. A denúncia foi feita pelo MP na última terça-feira (27), e foi aceita pela Justiça nessa quarta-feira (28). Com isso, a família Brittes, incluindo Cristiana e Allana, mulher e filha de Edison, respectivamente, e as outras quatro pessoas se tornaram réus no processo.