Um estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgado nesta semana, calcula que Mato Grosso precisaria de R$ 111 bilhões para resolver todos os seus “gargalos” de infraestrutura.
O estudo tem como objetivo identificar os principais projetos de todas as modalidades de transporte para solucionar os problemas atuais e modernizar a infraestrutura no Brasil.
Apenas em Mato Grosso, são 84 projetos para a melhoria do transporte e logística. Desses, 16 estão em Cuiabá. Entre os projetos destaques, está a adequação da BR-163 em Mato Grosso.
Ainda é apontada a necessidade da contrução da ferrovia Cuiabá – Santarém (PA). Conforme a confederação, para sanar os gargalos da logistico no Centro-Norte, seriam necessários R$ 64,7 bilhões de investimento.
Dos mais de R$ 100 bilhões projetados para o Estado, a cifra mais expressivas seria para o investimento na construção de 3 mil quilômetros de ferrovias e na adequação das hidrovias do Estado.
Conforme o estudo, seriam necessários R$ 28 bilhões para as ferrovias e R$ 27 bilhões para hidrovias.
Para o sistema de transporte mais utilizado no Brasil, o rodoviário, os investimentos também precisam ser altos. Apenas para duplicação das rodovias que cortam o Estado, num total estimado em 2,1 mil quilômetros, o investimento deveria ser de R$ 21 bilhões.
Para pavimentar 2,5 mil quilômetros, o estudo prevê o emprego de outros R$ 14 bilhões. Em recapeamento asfáltico de 1.173 km, o estudo prevê o gasto de R$ 3,8 bilhões.
O estudo cita ainda a duplicação da rodovia BR-163, entre Rondonópolis e Diamantino, uma das mais importantes do País.
A sugestão é que 365,8 km sejam duplicados. Outro exemplo é a recuperação do pavimento da mesma rodovia, entre Sinop e Guarantã do Norte. A sugestão é que sejam recapeados 269,8 quilômetros.
A CNT ainda fala sobre a construção dos 22 km do Veículo Leve Sob Trilho, em Cuiabá, que prevê o montante de R$ 1,2 bilhão para a conclusão. O modal está em processo de construção há cinco anos.
Já para a adequação de 14 aeroportos são estimados R$ 334 milhões. E para a construção de sete unidades projetadas, outros R$ 187 milhões. Os aeroportos são em Aripuanã, Canarana, Colíder, Jaciara, Matupá, Paranatinga, Poconé.
O projeto
Os projetos destacados pela publicação ainda consideram a infraestrutura existente, identificando obsolescências, gargalos e descontinuidades. Ainda são feitas recomendações para a sua adequação e ampliação, bem como para a construção de novos projetos.
Tais propostas, compreendidas em sua totalidade, apontam a infraestrutura de transporte ideal, de forma a ampliar a capacidade e a eficiência logística do Brasil.
As obras estão agrupadas em Projetos de Integração Nacional e Projetos Urbanos. A consulta também pode ser feita por região e por estado.
Para acessar o projeto na íntegra, clique aqui.
Confira tabela de investimento mínimo:
Pesquisa revela o montante de investimento necessário para obras em diversos modais
Categoria
Dimensão
Investimento mínimo
Adequação de aeroporto
14 unidades
R$ 334.014.938,33
Construção de aeroporto
7 unidades
R$ 187.751.085,19
Implantação de corredor de transporte aquaviário
12 km
R$ 351.283.643,57
Construção de ferrovia
3.010,3 km
R$ 28.762.991.717,22
Construção de monotrilho ou VLT ou aeromóvel
22,2 km
R$ 1.229.616.604,73
Eliminação de gargalos
1 unidade
R$ 4.471.948,07
Recuperação de ferrovia
150,7 km
R$ 822.604.722,22
Adequação de hidrovia
6.433 km
R$ 27.506.062.550,27
Dispositivo de transposição
6 unidades
R$ 7.674.970.646,37
Adequação de rodovia
405,8 km
R$ 214.709.862,31
Construção de rodovia
792,2 km
R$ 2.474.747.020,45
Duplicação de rodovia
2.179,6 km
R$ 21.712.798.590,38
Pavimentação de rodovia
2.555 km
R$ 14.057.798.952,95
Recuperação do pavimento de rodovia
1.173,3 km
R$ 3.863.564.036,32
Construção de terminal
19 unidades
R$1.575.291.123,67
Total
R$ 111.008.871.148,42