Após o ‘não’ de Adilton Sachetti (PRB) para ser vice de sua busca pela reeleição, o governador Pedro Taques (PSDB) deve buscar uma solução ‘caseira’ para a vaga. Entre os nomes cotados está o do deputado estadual Max Russi (PSB), um dos braços direitos do tucano na atual gestão. O parlamentar ainda analisa o convite e acredita que até o dia 5 de agosto ‘muita coisa vai acontecer’. Taques já tem Nilson Leitão (PSDB) e Selma Arruda (PSL) como candidatos ao Senado.
“Nosso projeto é fortalecer o partido, elegendo deputados estaduais e federais. Estamos trabalhando com isso desde o início. Porém, os arranjos políticos, fazem com que a gente não descarte nenhuma possibilidade”, pondera Russi.
O deputado se tornou homem de confiança do governo Taques após assumir a Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas), que, sob seu comando, criou o Pró-Família, um dos principais programas da gestão tucana.
No final do ano passado, Russi também assumiu o comando da Casa Civil, com a missão de diminuir o conflito entre o governo e os deputados estaduais, causado pelos atrasos no pagamento de emendas impositivas.
O governador, no entanto, também vem sondando outros nomes que poderiam concorrer ao seu lado. Entre eles está a primeira-dama de Rondonópolis, Neuma Moraes (SD), esposa do prefeito Zé Carlos do Pátio (SD). Porém, o nome não agrada todas as lideranças do PSDB.
O governador também ainda não descarta pessoas filiadas a legendas que, por enquanto, compõe blocos partidários de outras candidaturas, como PP, PV e PTB. No PP, Taques já buscou o ex-ministro da Agricultura Neri Geller, que prefere disputar uma vaga na Câmara Federal. No PSD, sondou o empresário Roberto Dorner, uma das liderança da região Norte. As duas siglas, todavia, teriam que deixar os palanques do senador Wellington Fagundes (PR) e do ex-prefeito Mauro Mendes (DEM), respectivamente, para aderir ao bloco governista.
Nos bastidores, Taques tenta reverter a situação via articulações nacionais, já que PP e PSD apoiam a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB/SP) à Presidência da República. O mesmo acontece com o PTB, que, caso migre para o palanque tucano, poderia ter o atual vice-prefeito de Cuiabá, Niuam Ribeiro (PTB), como candidato a vice-governador.