senadora eleita, juíza aposentada Selma Arruda (PSL), adiantou que justificará na Justiça Eleitoral que conseguiu um empréstimo de R$ 1,5 milhão junto ao seu primeiro suplente, Eglair Gilberto Possamai (PSL), para utlizá-los na pré-campanha deste ano ao Senado. “A origem dos recursos gastos na campanha e na pré-campanha é do meu primeiro suplente. Ele deu R$ 1,5 milhão e eu pedi emprestado mais R$ 1,5 milhão”, disse Selma ao GLOBO.
No entanto, o valor consta no extrato bancário anexado pela senadora eleita no processo em que responde na Justiça Eleitoral por suposto “caixa dois e abuso de poder econômico”. A ação foi movida por meio de denúncias realizadas pelo advogado e então candidato ao Senado pela Rede, Sebastião Carlos Gomes de Carvalho, pela Procuradoria Regional Eleitoral, pelo PSD e por Carlos Fávaro, também candidato .
Os valores que totalizam R$ 1,5 milhão foram realizados em dois depósitos em sua conta corrente, em uma agência da caixa, no mesmo dia em que ela assinou a ficha de filiação com PSL. Segundo uma reportagem do O Globo, divulgada neste final de semana, a senadora eleita, que é conhecida em Mato Grosso, como “Sergio Moro de saia”, teria informado que o valor de empréstimo foi feito por Possamai para arcar com custos gastos na campanha e na pré-campanha
A polêmica envolvendo “caixa 2” de Selma começou depois que as cópias de quatro cheques, assinados por ela entre abril e julho, foram anexados a um processo de cobrança movido pelo marqueteiro político, da agência Genius, do publicitário Júnior Brasa, de Cuiabá. Os cheques que totalizaram R$ 550 mil serviram para quitar parte do contrato de R$ 1,8 milhão que Selma fechou em abril, ainda durante a pré-campanha.
O Ministério Público Eleitoral de Mato Grosso pediu para ser incluído, como parte autora (litisconsórcio), na ação de investigação judicial eleitoral movida contra Selma e seus dois suplentes, Gilberto Possamai e Clerie Mendes. O processo está sob a relatoria do desembargador Pedro Sakamoto.
Segundo a declaração que fez para o Tribunal Superior Eleioral (TSE), a senadora tem cerca de R$1.427.163,13 milhão em bens. Ainda Consta que R$ 52.694,25 mil estavam depositados no Banco Bradesco, R$ 1.612,32 mil no Sicoob, R$3.173,05 mil, e na Caixa Econômica Federal, R$10,00 em fundo de investimento da CEF e R$ 105,55 na caderneta de poupança da CEF. Já em aplicações de renda fixa (CDB, RDB e outros), a magistrada aposentada informou ter R$ 229.567,96 mil.
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