Novo Inquérito Civil foi aberto pelo Núcleo de Atuação de Competência Originária (Naco Cível) para investigar esquema de pagamento de propina a membros do governo do Estado pelo empresário Willians Paulo Mischur. O caso tem desdobramento em instância superior.
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O combinado teria surgido para que a empresa Consignum mantivesse contrato de empréstimo consignado aos servidores públicos de Mato Grosso.
As investigações serão conduzidas pelo promotor de Justiça Clóvis de Almeida Junior e ficarão em sigilo. Isso porque, segundo a portaria, já existe em andamento uma investigação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para apurar o envolvimento de pessoas com foro privilegiado neste esquema.
Apenas conselheiros do Tribunal de Contas, membros do Ministério do Público e governadores possuem foro no STJ.
Conforma apurado pelo Gazeta Digital, Mischur teria solicitado reinterrogatório nos Ministérios Público Estadual e Federal para revelar fatos novos, além do que já teria dito no âmbito da Sodoma, operação que teve como alvo central o ex-governador Silval Barbosa.
Operação Sodoma
De acordo com as investigações, Willians Mischur teria pago R$ 17,6 milhões em propina somente da empresa Consignum.
A exigência de vantagem indevida aos empresários Fábio Drumond Formiga e Willians Paulo Mischur, dono da Consignum, bem como a prática de fraude à licitação por parte da organização criminosa, foi um dos alvos de investigação da 3ª fase da Operação Sodoma.
O esquema teria ocorrido pelo período de março de 2011 a dezembro de 2014. O valor mínimo de propina de R$ 500 mil, sendo que este valor variou até R$ 700 mil, e ainda a interrupção de pagamentos estimada em 8 meses.
As investigações foram resultados de delações premiadas feitas pelo ex-secretário da SAD, César Roberto Zílio e o ex-adjunto da Pasta, Pedro Elias Domingos de Mello, além da colaboração do empresário Mischur.