TAXA DE JUROS ATINGE A MAIOR ALTA DESDE 2002 E CHEGA A 7,75 AO ANO

28 de outubro de 2021 - 09:09 | Postado por:

É a sexta elevação consecutiva de uma série iniciada em março de 2021, numa tentativa de o Banco Central para conter a inflação

 

A taxa básica de juros, a Selic, subiu 1,5 ponto percentual, de 6,25% para 7,75% ao ano, no início da noite desta quarta-feira (27), ao final da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), do BC (Banco Central).

É a sexta alta consecutiva e a maior elevação percentual da taxa básica de juros desde dezembro de 2002, quando subiu 3 pontos percentuais e chegou a 25% ao ano.

A decisão do Copom foi tomada por unanimidade entre os participantes da reunião. Em nota divulgada ao final do encontro, o Conselho afirmou o seguinte:

“O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para as metas no horizonte relevante, que inclui os anos-calendário de 2022 e 2023. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.”

Também pontuou que neste momento, o cenário básico e o balanço de riscos do Copom indicam ser apropriado que o ciclo de aperto monetário avance ainda mais no território contracionista.

A nota ainda pontuou:

• No cenário externo, o ambiente tem se tornado menos favorável e a reação dos bancos centrais frente à maior persistência da inflação deve levar a um cenário mais desafiador para economias emergentes;

• Em relação à atividade econômica brasileira, indicadores divulgados desde a última reunião mostram uma evolução ligeiramente abaixo da esperada;

• A inflação ao consumidor continua elevada. A alta dos preços veio acima do esperado, liderada pelos componentes mais voláteis, mas observam-se também pressões adicionais nos itens associados à inflação subjacente;

• As diversas medidas de inflação subjacente apresentam-se acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação;

• As expectativas de inflação para 2021, 2022 e 2023 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 9,0%, 4,4% e 3,3%, respectivamente;

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