Quase 400 mil estudantes das 768 unidades de ensino da rede estadual iniciaram o ano letivo nesta segunda-feira (11), mas já vão enfrentar uma paralisação escolar. Isso porque, para esta terça-feira (12), está prevista uma paralisação de diversas categorias do funcionalismo público, inclusive dos professores. O ato foi confirmado pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT).
De acordo com o representante do Sintep junto ao Fórum Sindical, Orlando Francisco, a paralisação deve durar um dia, mas a categoria já aponta para a possibilidade de uma greve unificada ainda não há previsão para o movimento. “No caso da educação, os professores entraram em sala hoje, conversando com os alunos sobre a situação da paralisação e depois de uma greve”, comentou.
Nesta terça-feira, para chamar a atenção da população àquilo que chamam de “pacotão da maldade” – referindo-se às medidas fiscais propostas pelo Governo e aprovadas pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) -, as categorias paralisadas programaram um ato de manifestação.
Com início às 8h e concentração em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no Centro Político Administrativo (CPA), os servidores farão a distribuição de materiais impressos, explicando sobre as recentes “perdas” sofridas no funcionalismo público.
Conforme a programação, os manifestantes deverão fazer uma caminhada pelo Centro Político, rumando ao Palácio Paiaguás, sede do Governo do Estado, e depois seguir para a ALMT, onde ocorrerá a primeira sessão ordinária dos novos deputados.
Além do Sintep, também já aprovaram o estado de assembleia permanente a Associação dos Docentes da Unemat (Adunemat), e os Sindicatos dos Servidores Públicos da Saúde (Sisma) e dos Profissionais da Área Instrumental do Governo (Sinpaig). Outras categorias ainda realizam assembleias para decidir sobre a possível greve unificada.
Desde o início de janeiro, quando o governo anunciou uma série de medidas administrativas que trariam impacto aos servidores públicos, o Fórum Sindical promoveu intensos debates com o Executivo. Isso porque, entre as medidas aprovadas, estão a suspensão do pagamento da Revisão Geral Anual (RGA), e a suspensão da progressão de carreira por tempo determinado.
Com a paralisação e o estado de greve anunciado, os servidores esperam que o Governo do Estado flexibilize o diálogo e atenda às reivindicações dos funcionários. Entre elas estão o pagamento da RGA, o não parcelamento do salário e do 13º, criação de um calendário de pagamento de salários sem atraso e o não aumento da contribuição previdenciária, que subiria de 11% para 14%.
Metrópoles