VEREADOR DE CAMPO VERDE É INVESTIGADO PELO MP POR SUPOSTAMENTE PRESSIONAR SERVIDOR A DEVOLVER PARTE DO SALÁRIO

19 de agosto de 2023 - 10:53 | Postado por:

Informações foram obtidas com exclusividade pelo HNT; “Mosquito” negou cobrança ao colaborador e afirmou que ele começou a espalhar “rumores” após descobrir que seria exonerado

 

 

O Ministério Público (MPMT) investiga o vereador de Campo Verde (132 km de Cuiabá), Gregório do Mercado Popular (Solidariedade), também conhecido como “Mosquito”, pela suposta cobrança de R$ 1,3 mil do salário do servidor L.R.F. O HNTobteve acesso com exclusividade ao documento tramitado no órgão ministerial, que aponta pressões do vereador sobre o colaborador para repassar a quantia em dinheiro como uma condição para seguir no gabinete. O parlamentar disse que ainda não foi notificado sobre a investigação do MP e negou as acusações. Segundo Mosquito, L.R.F seria exonerado e começou a ventilar a existência de “rachadinhas” para manter o cargo comissionado.

“O servidor L.R.F, comissionado na Câmara Municipal de Campo Verde, com proventos de R$ 5.866,22, que foi indicado pelo vereador Gregório Dourado Filho (SD), relatou aos colaboradores da Câmara de Campo Verde e para colegas próximos que vêm sendo pressionado pelo vereador Gregório, mais conhecido como “Mosquito do Mercado Popular”, para repassar a quantia de R$ 1.300,00 mensalmente do seu salário para que possa ser mantido como comissionado na Câmara”, narra trecho dos autos protocolados no MP em 8 de agosto deste ano.

A Câmara de Campo Verde foi notificada pelo MP e abriu uma sindicância na Comissão de Ética contra Mosquito. Após o início do procedimento disciplinar, o vereador foi afastado do cargo de presidente do grupo de trabalho.

CONTRATAÇÃO

À reportagem, Gregório disse que L.R.F é esposo de uma funcionária que trabalha como “caixa” do Mercado Popular e foi indicado para dar suporte às demandas administrativas do mandato. Porém, o servidor não estaria correspondendo às expectativas e seria desligado. Mosquito o teria procurado para conversar e dar um “feedback” sobre o rendimento no expediente. Conforme Gregório, foi nessa ocasião que expôs a intenção de exonerar o servidor. A partir dessa conversa, de acordo com Mosquito, L.R.F começou a articular sua permanência espalhando o suposto repasse de R$ 1,3 mil.

“Eu iria exonerar ele, mas ele ficou sabendo e inventou isso. Iria exonerar porque não estava desenvolvendo o serviço dele na Câmara como deveria. Simplesmente, ele sentiu que iria perder o serviço e acusou a gente”, declarou o vereador

FESTA ENTRE SERVIDORES

Mosquito negou a prática das “rachadinhas” e disse que as conversações sobre o caso se tratam de uma “confusão”. O político tentou atribuir a uma festa entre servidores do seu gabinete, em que foi feita uma “cota” para comprar bebidas e guarnições, aos “rumores” sobre pedidos de repasses de dinheiro aos colaboradores. O “barulho” sobre o caso teria aumentado, pois outros funcionários da Câmara de Campo Verde acabaram participando da “vaquinha”.

“Houve um baraulho desse no final de semana, fizemos uma festinha com os funcionários, mas cada um doou a sua parte que iria consumir com os funcinários da Câmara. Isso está dando um barulho. Mas estou com a consciência tranquila, não devo nada a ninguém”, garantiu Gregório do Mercado Popular.

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