Hacker clona Whats de advogada em Cuiabá e aplica golpe de R$ 20 mil

23 de abril de 2019 - 16:43 | Postado por:

Amigos de uma advogada foram roubados em R$ 20 mil após serem vítimas de um golpe que está se popularizando em diversas cidades do Brasil e começou a acontecer em Cuiabá nesta sexta-feira (12). A armadilha consiste em clonar o WhatsApp do alvo, fazer contato com familiares, amigos ou conhecidos da pessoa, se dizer em dificuldade e pedir para que estes realizem transferências bancárias para “resolver um problema” qualquer.

Foi como os criminosos agiram contra pessoas do convívio de Silviana Milene dos Santos. Segundo ela contou, era o início da noite de ontem quando amigos começaram a mandar-lhe capturas de tela do aplicativo cheias de erros de português e digitação pedindo transferências em dinheiro sob a promessa de que ela pagaria no dia seguinte. Seis desses amigos acreditam no pedido e fizeram as transferências de valores entre R$ 1.400 e R$ 1.600, até chegar ao montante próximo dos R$ 20 mil.

De acordo com a advogada, eram 17h39 quando ela recebeu uma mensagem com código de verificação emitido pela empresa que controla e opera o software do WhatsApp. “Fui pagar justamente uma conta telefônica nesse horário, não tive telefone roubado ou perdido. Recebi esse código, como não tinha desativado, não inseri o código. Não passou nem um minuto e meu celular já estava desinstalado. Às 18h35 uma amiga me ligou perguntando se alguma coisa estava acontecendo, porque ela estava tentando fazer uma transferência que eu havia pedido, mas a conta não estava batendo. Entendi na hora o golpe e pedi para ela avisar nos grupos que meu celular havia sido clonado”, explicou.

Para ela, a operadora Vivo está sob desconfiança porque tudo isso aconteceu depois que pagou uma conta enviada com o nome dela, mas constando um endereço de Sinop (distante 480 km da capital).

Durante duas horas, ela tentou sem sucesso acessar o próprio WhatsApp, cujo funcionamento só voltou ao seu controle perto das 20h, quando um dos robôs do app ligou para ela informando um novo código de verificação. Em suas caixas de mensagens, tudo estava apagado.

Começou a chuva de capturas de tela feitas por vários de seus amigos e conhecidos com os pedidos cheios de erros de acentuação, ortografia e concordância. “Eu to precisando transferir um dinheiro para um terceiro que presto um serviço pra mim, só que hoje paguei umas contas e meu limite excedeu. Você não consegue transferir pra mim amanhã cedo eu já te transfiro sem falta”, escreveram os estelionatários.

Ela foi até uma delegacia de Polícia Judiciária Civil para registrar um boletim de ocorrência sobre o caso na manhã de hoje (13). Até o momento, não foi possível rastrear as contas para as quais os valores foram transferidos, pois os salafrários utilizaram diversas contas em vários bancos diferentes, reforçando a teoria de hackeamento, pois pulverizar dinheiro em localizações distintas é procedimento padrão para escamotear origens e destinos de transferências de dados, que é tudo que o dinheiro é enquanto mera transação online.

Todo o dinheiro sai de contas fantasmas segundos após entrar vindo das contas reais das pessoas fraudadas para só então irem às contas reais dos bandidos, sem deixar praticamente nenhum rastro eletrônico, já que esses dados, além de criptografados, são dissolvidos em questão de minutos pelos softwares bancários justamente por motivos de segurança e controle dos ataques de hackers. É esse o motivo de ninguém entre os conhecidos de Silviana ter conseguido (e provavelmente não conseguirão) recuperar o dinheiro.

Fonte: Araguaia News

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