Mais de 6 mil precisam de cirurgias urgentes

1 de outubro de 2017 - 00:53 | Postado por:

Mais de 20 mil pessoas aguardam na fila de espera por uma por cirurgia em Cuiabá. Deste total, 13.939 casos são casos eletivos, que podem ser agendados, mas 6.409 são cirurgias de urgências. Este é um dos reflexos dos atrasos dos repasses de recursos pactuados com o Estado de Mato Grosso, afirma a secretária municipal de Saúde de Cuiabá, Elizeth Araújo.

“Não é de agora que a Saúde vem trabalhando com deficit tanto orçamentário quanto financeiro. A situação compromete o atendimento lá na ponta. Estamos, desde o início do ano, fazendo malabarismos para manter a assistência. Enfrentamos algumas dificuldades na oferta de medicamentos, conseguimos garantir a regularidade, mas se não houver esse aporte de recursos, sobretudo a contrapartida estadual, fica comprometida a assistência ao usuário, seja na urgência ou no investimento da atenção em saúde”.Na sexta-feira (29), a gestora apresentou à Câmara de Vereadores de Cuiabá o relatório detalhado do segundo quadrimestre deste ano. De acordo com os dados, nos oito primeiros meses de 2017, a dívida do Estado com o município na área de saúde alcançou R$ 50,2 milhões e isto tem impactado diretamente no atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), que buscam um das 172 unidades físicas mantidas pela SMS da capital.

Para se chegar a esta somatória da dívida do Estado, a SMS considerou o passivo de 2016 e os meses de 2017. “Todas as áreas, desde assistência farmacêutica que chegou a ficar com 15 meses de repasses atrasados, agora o Estado já passou 3 meses, mas mantém ainda passivo a receber, a falta da contrapartida no atendimento do Pronto Socorro Municipal vem desde outubro do ano passado, recebemos a parcela referente a maio, mas ainda há o passivo e os outros complementos de UTI do PSMC e dos hospitais contratualizados, os filantrópicos, chegando a R$ 50,2 milhões”.

A secretária destaca que a dívida do Estado não é de agora, se arrasta há alguns anos, e ficou comprometido um pouco mais este ano devido à crise econômica. “Cuiabá é a última parada dos usuários do SUS mato-grossenses, pois a medida que não resolve o problema no interior, eles recorrem a Capital. Chegando aqui, temos que atender”.

Elizeth afirma que o cenário fica ainda mais preocupante se for levado em consideração o aumento da demanda, já que devido à crise muita gente migrou dos planos de saúde privados para o SUS.

Fonte: Gazeta digital

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