A Policial Militar (PM), Silvana Carvalhais, 30 anos, morreu no final da manhã desta quarta-feira (17), vítima de um tiro que atingiu a cabeça dela. A suspeita é de que ela tenha cometido suicídio.
A militar foi encontrada morta na casa onde morava, em Juruena (912 km da Capital).
A arma de onde partiu o disparo era de propriedade particular da policial.
Silvana, que entrou para a Polícia Militar em 2015, era divorciada e deixa uma filha, ainda criança, que estaria com o pai.
Informações preliminares apontam que a soldado estava passando por momentos complicados na vida pessoal.
Pesar da PM
A Polícia Militar emitiu nota de pesar e informou que por orientação do Comando Geral, o comandante do 8º Comando Regional de Juína, tenente-coronel Wendel Sodré, designou uma equipe de policiais, liderada por um oficial, para acompanhar a situação, adotar as medidas legais e dar suporte à família da policial.
A Polícia Militar, preocupada com a saúde física e mental de seus policiais, vem desenvolvendo ações permanentemente de prevenção e diagnóstico para oferecer tratamento especializado.
Além do serviço gratuito de assistência psicológica em unidade própria, são realizadas palestras desmistificando as patologias psíquicas, estimulando a busca pelo tratamento e a colaboração mútua na identificação entre colegas de profissão e familiares.
Casos de suicídio em Mato grosso
Casos de suicídio tiveram aumento de 10% em Mato Grosso em 2019. Voluntários do Centro de Valorização da Vida (CVV) têm notado maior incidência de jovens entre as vítimas e apontam que as redes sociais, geralmente, influenciam nesse quadro.
Conforme dados da Secretaria de Estado e Segurança Pública (Sesp), de janeiro a maio de 2019 foram registrados 107 suicídios em Mato Grosso. No mesmo período do ano passado, foram 97 casos no Estado.
“Recentemente temos notado casos envolvendo jovens. Isso pode estar relacionado com a internet também, com o cyberbully”, explicou Ormar Capistrano, voluntário do CVV, em Cuiabá.
Depressão
Conforme a página do doutor Drauzio Varella, no portal Uol, a depressão é uma “doença psiquiátrica crônica e recorrente que produz uma alteração do humor caracterizada por uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima e culpa, assim como a distúrbios do sono e do apetite”.
Diferenciar a depressão de tristezas ‘comuns’ é essencial para prevenir o suicídio e principalmente tratar a doença com antecedência.
“É importante distinguir a tristeza patológica daquela transitória provocada por acontecimentos difíceis e desagradáveis, mas que são inerentes à vida de todas as pessoas, como a morte de um ente querido, a perda de emprego, os desencontros amorosos, os desentendimentos familiares, as dificuldades econômicas etc”.
Peça ajuda
O Centro de Valorização a Vida (CVV) tem realizado em Cuiabá, todas às quintas-feiras, reuniões com sobreviventes ao suicídio e seus familiares. Assim como parentes de pessoas que se mataram.
Também passou a ser gratuitas as ligações feitas ao número 188. Canal de atendimento 24 horas.
Fonte: Araguaia Urgente